Treze. Número de sorte para alguns, de azar para outros. Para além dos arcanos e da volta no calendário, aqui na Barril o décimo terceiro marco aponta um eixo de andanças e escritas através das quais revisitamos, imaginamos e reinventamos as cenas das cidade. No intenso frio compreendido entre os 20 e 25 graus celsius, desviamos de bombas juninas e de traques arremessados por crianças encapetadas, mas sobrevivemos ao mês com uma edição nova debaixo do braço.
A primeira CRÍTICA traz uma leitura de Igor de Albuquerque sobre a peça O contentor – o contêiner, texto do angolano José Mena Abrantes montado por Ridson Reis. A outra CRÍTICA é escrita pela convidada Águeda Tavares, que interage com as várias linguagens do espetáculo Diário Rosa.
Bárbara Pessoa leu com olhos atentos o site Farofa Crítica, observando quais os pontos mais interessantes que essa recente iniciativa de pensadores natalenses propõem a seus leitores. A CRÍTICA DA CRÍTICA dialoga com a anterior (edição n.12), na medida em que trata de mais uma revista online, isto é, uma colega da BARRIL.
O RIZOMA foi produzido por Alex Simões. Dessa vez o poeta se arrisca na prosa experimental inspirada pelas drags que festejaram São João no Âncora do Marujo.
No ENCONTRO, Igor de Albuquerque vai ao estúdio do ator e comediante Pisit Mota. Não apenas engraçada, não apenas bêbada, a conversa passa por temas intrincados das artes na Bahia e chega às paragens nebulosas da Internet. Como bônus, Pisit conta como se deu sua caminhada de Canavieiras até os palcos de Salvador.
Paulo Raviere é o outro convidado do número 13. Em seu ENSAIO, o escritor chama Aziz Ansari e Javier Marías para discutir com ele as nuances da representação no contexto das apropriações culturais.
Harildo Déda levou ao Teatro Martins Gonçalves o clássico norte-americano As Pequenas Raposas de Lillian Hellman, mas a reboque carregou também Daniel Guerra. É TRETA. Paralelamente à teorização acerca do realismo no teatro e no cinema, o crítico opera uma leitura contextual. Da matéria da rua às vigas do teatro.
O vídeo da coluna REVERBERA fica por conta da artista visual e performer feirense Tâmara Lyra. O evento/acontecimento reverberado foi o mesmo que serviu para matéria da SELFIE de Laís Machado. Duas visões personalíssimas sobre o Cabaré Belas Arretadas e Fora da Casinha.
É isso. Se sobrou amendoim cru, vai um conselho. Lave-os muito bem em água corrente, depois deixe de molho por trinta minutos. Pegue uma panela de pressão, encha até a metade com amendoim e coloque água. Corte um limão no sentido longitudinal e acomode-os confortavelmente entre as vagens. Sal a gosto. Tampe a panela e deixe cozinhar por 25 minutos. Agora abra a BARRIL, leia petiscando o quitute e nunca saia por aí dizendo que nunca aprendeu nada com essa revista.