Editorial


Editorial #05

junho de 2016

Edição: 5


É hora de comemorar os números redondos!

É com muita felicidade que chegamos à 5ª edição da Revista Barril. O trabalho de se pensar um novo pensamento crítico em artes cênicas, principalmente para as artes cênicas soteropolitanas, tem sido demasiadamente trabalhoso e intenso, mas gratificante na mesma proporção. A intensidade e o trabalho diário se encontram, fundamentalmente, no ato de transformação de nossos posicionamentos críticos e por isso a gratificação, pois estamos sempre em processo de engenho.

Tem sido uma grande responsabilidade fomentarmos a única plataforma de crítica em artes cênicas atuante na cidade. É necessário assumirmos a importância disso no campo de produção. Diligência que assumimos com fé nos porvires, e acreditando que a Barril ajude no fomento ao pensamento estético das artes soteropolitanas, além de inspirar a criação de outras plataformas de crítica. Hoje, mais do que nunca, as redes são importantes.

Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que leem, compartilham e comentam sobre a nossa Revista. Agradecemos também aos feedbacks, sempre necessários para nos mantermos em transformação.

Para essa “edição de mensário”, temos duas CRÍTICAS. Notas Musicais Para Uma Obsessiva Dantesca, de Alex Simões, sobre a performance cênico-musical de Laís Machado, Obsessiva Dantesca. Por sua vez, Laís REBATE a

crítica de Alex sobre o seu trabalho performativo. Igor Albuquerque em seu “Não andes por aí nua em pelo”: o vaudeville veste Tommy Hilfinger, critica o espetáculo “Mas Não Ande Por Aí Nua Em Pelo!”, o espetáculo da CIA de Teatro da UFBA em conjunto com Os Argonautas CIA de Teatro, com direção de Ewald Hackler. O espetáculo compôs o evento Prata da Casa, em comemoração aos 60 anos da Escola de Teatro da UFBA.

O artista visual Antônio Társis, convidado pela Barril, em conjunto com a cineasta Iris de Oliveira, cria um vídeo-performance aquoso, a partir da experiência coreográfica Água Viva, criação de Tiago Ribeiro e Coletivo Do Divino – Escola Livre de Arte, na Coluna REVERBERA.

Finalmente conseguimos dar matéria a original intenção da Coluna CRÍTICA DA CRÍTICA– coisas do “mensário”. Daniel Guerra, em seu texto Lápides, Praças e Teatros, contrapõe a visão da crítica Eduarda Uzêda, do Jornal A Tarde, sobre a peça Egotrip – Ser ou não Ser? Eis a Comédia, texto e direção de João Sanches.

Diego Pinheiro escolhe elaborar uma série de porquês para TRETA(R) com o Coletivo Quatro, a partir do espetáculo Na Coxia – O Musical, com o texto Bolha.

Na Coluna RIZOMA, Laís Machado traça algumas referências usando da estrutura Dramática(s), a partir das reverberações ao ver a leitura dramática de A Mulher do Fundo Mar, texto de Aldri Anunciação e com direção de Aldri Anunciação e 

Diego Pinheiro. 1ª leitura do Festival Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada. 

Laís também encontra Aldri Anunciação na Coluna ENCONTRO. Temas como ocidentalização e negros na arte povoam a conversa que teve como cenário as ruínas da Igreja da Barroquinha. O Festival Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada ocupa o Espaço Cultural da Barroquinha até 14 de agosto.

Isaura Tupiniquim, nossa colaboradora do mês, faz um desdobramento de sua fala, realizada no projeto Mínimos Óbvios do grupo de teatro Atelier Voador, durante a mesa Dilemas do Ator Contemporâneo Diante da Descentralização do Drama, na Coluna ENSAIO, com o textoPensando os [dilemas] desafios do ator artista contemporâneo [diante da descentralizaçãodo drama] em meio à crise de paradigmas.

Por fim Um Corpo (de Alex Simões) Sai de Casa Para Ver um Corpo em Casa, na Coluna SELFIE. Texto de Alex sobre suas vivências durante sua “experiência contemporânea” a partir da instalação performativa Corpo em Casa (ocupação do Casarão Barabadá), inciativa independente criada por 17 artistas da dança.

Que a Barril tenha muitas outras edições!

Mais uma vez, obrigado a todos os leitores, companheiros e colaboradores.

Boa leitura!

2018 | Revista Barril - ISSN 2526-8872 - Todos os direitos reservados.