Literatura | Crítica


O APOCALIPSE SEGUNDO JOCA REINERS TERRON

junho de 2021

Edição: 22


Dessa obra-sumidouro, verdadeira noite dentro da noite, brota uma flor canibal contagiante, espécie de erva daninha, uma hera senciente que se espalha e nos enlaça, nos levando de volta para o torvelinho de que ela mesmo saiu.

Não existe o país

junho de 2021

Edição: 22


Deve-se encontrar algum crítico que não queira aparecer mais que a obra a ser criticada (excluso, portanto, o presente resenhista), um que talvez assine com pseudônimo, sem que isso seja passível de ser tachado de covardia. Algum estrangeiro, ou candidato a santo.

A permanência dos pássaros

agosto de 2020

Edição: 21


É impossível passar incólume à leitura ao revés que Morrison faz do mito da torre de babel, quando ela diz que nunca estaríamos prontos para ascender ao paraíso com uma única língua, ou seja, sem a diferença, sem conhecer o Outro, sem viver a dissemelhança, a diversidade, a heterogeneidade, e que talvez o paraíso se encontre justamente aí.

A Jeanine de Picard: do relato ao traço

março de 2020

Edição: 21


Pelos mistérios da fé da ficção, é a realidade que não importa. Não importa se as histórias que Jeanine diz ter vivido são verdadeiras ou não.

Preciso escrever sobre Gerald Murnane

junho de 2018

Edição: 20


Sendo “Preciso escrever?” a primeira linha de Barley Patch (2009), livro do australiano Gerald Murnane (1939) depois de toda uma década sem escrever ficção. “Preciso escrever?” precisando também ser o primeiro questionamento deste escrito que aqui se encontra.

Quatro esboços para Angola Janga

março de 2018

Edição: 19


A narrativa consegue ultrapassar o meramente descritivo e torna-se dramática em seus cortes. No entanto, o efeito mais impressionante é alcançado quando temos diante de nós um personagem de costas em primeiro plano e ele está a poucos passos de mudar o rumo da trama.

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