O kaminho decolonial ou kontra-kolonial é longo e cheio de pedras, mas não são as pedras que devem ser condenadas: as pedras nos cantam sobre os futuros, são nossas aliadas.
A crítica, seja ela cruel, apaziguadora, ácida, violenta, elogiosa, entusiasmada, apaixonada ou branda, deve ser sempre a expressão de uma cisão, e nunca de uma adesão. A adesão não constrói a negatividade essencial ao pensamento crítico.
Ir na etimologia da palavra crítica e pensá-la como crise é um clichê, mas qual outra saída se apresenta, se o que ainda mais temos são os clichês sobre a crítica, sobre o papel do crítico, sobre o que o crítico deve pensar, como deve agir, a quem deve elogiar ou não elogiar? Se o que mais temos são as crises contínuas da crítica por toda parte?
Li, certa vez, que criticar é por em crise. Na época isso fez bastante sentido pra mim. Na verdade, o sentido não me pareceu algo a ser questionado, afinal eu era apenas uma estudante de letras, e o que pode uma estudante de letras contra as máximas dos teóricos europeus?
Sobre o texto “Matheus Nachtergaele, a sua peça é triste e necessária!”, de Cristina Leifer, no site Cenáculo Núcleo de Estudos Teatrais.
Da crítica de Fernando Barcerllos sobre Dança Doente publicada no Horizonte da Cena.
De todas as formas da crítica, a de bar é a mais ancestral e recorrente entre os mortais. Mas não é porque aparece quase sempre espontaneamente, despretensiosa e de viés que carecerá de uma rigorosa metodologia própria.
http://www.agoracriticateatral.com.br/home A Revista AGORA / Crítica Teatral nasce em 2015, resultado de uma oficina de Crítica Teatral realizada pelo Goethe Institut de Porto Alegre com participação de Jürgen Berger. Seis…
Uma coisa é confrontar e questionar modos diferenciados de fazer, outra coisa é achar que o próprio modo de fazer deve ser imposto por ser o mais adequado e verdadeiro.
Ao que parece, um cenário deserto de crítica, no qual a mesma é exaltada em teoria, porém pessoalizada na prática, não é uma particularidade de Salvador. Assim como não são infundadas as suspeitas lançadas pelos artistas àqueles que se põem a criticar; afinal, muitos críticos ainda estão mais preocupados em (des)qualificar uma obra a partir das verdades que sustentam seus corpos cansados que levantar questões, construir pontes ou iluminar bordas.
Há um tipo de escrita que se pretende inclusiva e abrangente, mas se esquiva das questões mais complexas quando recorre justamente a estruturas pré-moldadas. Não são as justaposições de preposições, nem as metralhadoras de travessões, muito menos o artigo X, que fazem um texto justo, honesto, responsável e relevante.
Tradicionalmente experimental ou palimpsesto crítico: uma leitura de excertos de um texto de Prisca Augustoni sobre performance de Ricardo Aleixo.
A partir da coluna Martin Gonçalves, do site Feminino e Além.
As coisas do mundo estão uma loucura e é quase um problema, frente à urgência geral, ainda ter de escrever sobre Henrique Wagner.
A partir da crítica Major Oliveira: nossos bons velhinhos e o tempo que vivemos, de Alex Simões. Revista BARRIL, Ed.08/2016
Sobre a crítica “Imperadores de nós mesmos”, de Welington Andrade, na Revista CULT, publicada em 10 de outubro de 2016: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/10/welington-andrade-imperadores-de-nos-mesmos/ Parece que todas as coisas grandes, para que soem…
Difícil começar a escrever sobre um texto cujo autor se desconhece. Sobretudo, se o texto é uma crítica e, por isso, deva trazer em si um senso de responsabilidade e de ética em relação à obra criticada e seu autor. O anonimato,
As discussões acerca do feminismo vêm se popularizando. O número de obras teatrais/performáticas assumidamente feministas vêm crescendo. Entretanto, todas as tentativas de problematização da misoginia nas artes ainda permanecem num…
Crítica a partir da crítica de Eduarda Uzêda sobre “Egotrip —Ser ou não ser, eis a comédia”, publicada no Jornal A Tarde, dia 13 de Julho de 2016.
Relutei, comigo mesma, em escrever sobre o texto Fissura por Fissura: Sobre Maçã – Um Acontecimento Cênico, de Diego Pinheiro, e me senti também grata pelo convite de colocar a cara-no-sol,…
Como salientado na edição anterior da Revista Barril pelo parceiro Daniel Guerra, a coluna Crítica da Crítica se propõe a organizar reverberações de outras estruturas de pensamento crítico sobre as obras artísticas no campo das artes cênicas soteropolitanas.
Todos estamos mais ou menos cientes acerca dos estudos sobre a espetacularidade no cotidiano, e de uns meses para cá estamos acompanhando um dos maiores espetáculos nacionais que me lembro…
O que era pra ser uma Crítica da Crítica transforma-se em Crítica da Não-Crítica. Ou seja, falarei de sua ausência. Essa coluna, que deveria pensar críticas produzidas na cidade, abordará sua falta, traçando possíveis causas e outras possibilidades de agenciamento do problema.