Editorial


Editorial #15

agosto de 2017

Edição: 15


Neste mês de agosto lançamos a Barril Impressa, uma edição comemorativa que reúne os textos mais ferozes já publicados por aqui. A beleza da publicação deve-se a Laís Machado e a Amine Barbuda, essas mulheres poderosas. Quem foi à festa no pátio do Goethe Institut pôde pegar gratuitamente seu exemplar. O lançamento aconteceu dentro da programação do IC 11 – Encontro de Artes, que também foi devidamente coberto por nós no blog Barril Festiva.

Mas não paramos por aqui. Continuamos trabalhando nas edições mensais. Este é o último mês do projeto de Dinamização Crítica, patrocinado pelo Fundo de Cultura, e fechamos com a certeza de que agregamos muita coisa boa ao decorrer da trajetória de seis meses. Foram muitos colaboradores que conseguimos contemplar reunir, novas parcerias, e um futuro instigante pela frente.

Nas CRÍTICAS desta edição temos duas peças de fora da cidade. Alex Simões e o colaborador Saulo Moreira assistiram a duas produções que fizeram curta temporada em Salvador. Alex foi ver o aclamado espetáculo de Grace Passô, “Vaga Carne”, e Saulo escolheu “L-O-V-E”, da portuguesa Paula Diogo, baseado no livro “Fragmentos de um discurso amoroso”, de Roland Barthes, que inspira também o texto do crítico.

A diretora teatral, iluminadora e desenvolvedora de games Ana Antar foi convidada a fazer o REVERBERA e voltou do espetáculo “A voz do campeão” com uma reflexão crítica audiovisual à altura do embate entre a cultura do futebol e as discussões de gênero.

No ENSAIO, temos o texto de um colaborador paulista, Rafael Limongelli. Aqui Rafael usa os conceitos e articulações filosóficas deleuzianas para debruçar-se sobre uma das performances de Carolina Bianchi, e partir dela abrir novos horizontes sobre o que pode a cena.

Enquanto isso, Laís Machado vai virtualmente até o Rio Grande do Sul para ler a revista AGORA sob a ótica das discussões decoloniais. Aqui ela pesa a pertinência e as potências de um olhar direcionado do sul ao resto do Brasil e lança, como provocação, um olhar do Nordeste ao Sul.

A tão famosa TRETA aparece nessa edição pela pena de Bárbara Pessoa, que foi ver a montagem da peça “A Irmã”, texto de Marcos Barbosa, e teceu uma série de reflexões pontiagudas sobre como entra o texto na cena, e como a cena trata o texto.

Daniel Guerra foi ver “Looping – Bahia Overdub” e nos trouxe uma SELFIE, na qual, junto ao movimento espiralado do espetáculo, desce em direção aos porões da adolescência e volta discutindo a pertinência do conceito de multidão na arte contemporânea.

Por fim, temos um RIZOMA bastante especial. Igor de Albuquerque se uniu ao compositor e maestro Rafael Galeffi e juntos prepararam um podcast poético sobre a “Biblioteca de Dança”, produzida pelo Dimenti e apresentada durante o IC – Encontro de Artes. Nas frequências desse Rizoma percebem-se ecos de J. L. Borges, Naná Vasconcelos, Orson Welles e “Contos da Meia-Noite”.

Com um panorama desses não há quem não fique curioso de dar uma adentrada neste nosso pergaminho virtual. Pois então sejam bem-vindos a mais um universo Barril!

2018 | Revista Barril - ISSN 2526-8872 - Todos os direitos reservados.